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  • Foto do escritorDaniel Lança Perdigão

Cidades do Amanhã: Inovação e Humanidade

A cidade ideal é uma utopia ou uma possibilidade?

Será que é possível criar uma cidade onde todos se sintam bem-vindos, interligados e felizes? Esta questão pode parecer utópica, mas várias iniciativas mostram que podemos transformar espaços urbanos de maneira significativa.

Este meu post explora sete ideias fundamentais para construir cidades melhores, mais inclusivas e humanas.



1. Pedalar e andar a pé para um futuro melhor.

Promover o ciclismo é essencial para criar uma cultura urbana inclusiva, como se faz em muitas cidades, nomeadamente em Lisboa, por exemplo.

No entanto, é preciso evitar ciclistas circulando em alta velocidade, que intimidam os peões - que querem passear a pé pelas cidades, inclusive passando das ciclovias, para a estrada e para os passeios e passadeiras, como se tivessem direito a tudo.

Para a mobilidade urbana ser realmente eficiente, todos devem cooperar. Criar ciclovias seguras e encorajar uma cultura de respeito mútuo pode transformar a experiência urbana diária.

2. Textura e riqueza material.

A construção com materiais como madeira e pedra introduziu uma nova dimensão tátil às cidades. Além de serem esteticamente agradáveis, esses materiais tornam os espaços urbanos mais convidativos. As intervenções no espaço público devem usar elementos variados como madeira, tijolo e pedra, afastando-se do vidro e aço uniformes. Isso não só melhora a aparência, mas também a sensação de acolhimento.

3. Limites verticais e a escala humana.

Cidades como Lisboa, Paris e Estocolmo demonstram que a altura dos edifícios tem um impacto direto na vivência urbana, pois os edifícios mais baixos mantêm um sentimento de comunidade e aconchego. A introdução de cafés e quiosques de bairro ajuda a manter a ligação entre os residentes, mesmo com o crescimento da população. Esta abordagem humana, e de escala humana, contribui para um ambiente urbano mais acolhedor.

4. Pequenos gestos.

Gestos simples podem ter um grande impacto na humanização das cidades. Desde bancos em frente a lojas até tigelas de água para cães, pequenas ações fazem a diferença. Empresas, grandes e pequenas, devem pensar para lá das portas e considerar como podem criar impacto positivo no seu ambiente. Estas pequenas intervenções criam um ambiente urbano mais amigável e acolhedor.

5. Encontros inesperados.

As cidades podem ser locais solitários, sendo fundamental criar espaços que facilitem interações espontâneas. Desde quiosques de esquina até escadarias onde as pessoas se cruzam, cada detalhe conta para fomentar um ambiente acolhedor. Parques com ‘design’ que favorece a formação de grupos e a interação social são essenciais para combater a solidão urbana.

6. Ambiente inclusivo para todos.

O planeamento urbano deve ser inclusivo, considerando as necessidades de todos: crianças, idosos, e pessoas com mobilidade reduzida. As cidades devem ser desenhadas para todos, garantindo segurança e acessibilidade. Pensar na diversidade de utilizadores, e nas suas necessidades diárias, pode transformar radicalmente a experiência urbana, tornando-a mais justa e acolhedora.

7. Podemos usar o 'design thinking'

Antes de fazer é muito importante perceber o que as pessoas querem.

Se o 'design thinking' é usado para criar produtos inovadores e para definir processos e imaginar serviços que vão ao encontro do que as pessoas pretendem, sendo viáveis do ponto de vista financeiro e tecnológico, porque não fazer o mesmo com as cidades ou regiões.

Depois a marca desse lugar surge naturalmente (Place Brand) e com o marketing adequado (Place Marketing) podemos atrair novos residentes, nacionais ou estrangeiros, e novas empresas irão querer estabelecer-se.


O que queremos é que as regiões, cidades e lugares do futuro sejam nossas.

Então, a cidade ideal é uma utopia ou uma possibilidade? As respostas estão nas pequenas e grandes mudanças que podemos implementar. Desde promover o ciclismo inclusivo até criar espaços que facilitem encontros inesperados, cada ação conta.

Com a abordagem certa, podemos construir cidades mais humanas, acolhedoras e inclusivas.

O futuro das nossas cidades está nas nossas mãos, e cabe a cada um de nós fazer a diferença.


Daniel Lança Perdigão

Creative Energiser Officer


NOTA: quando refiro cidade, isso pode ser interpretado como vila ou região, por exemplo.



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